domingo, 2 de outubro de 2011

Diversidade aporta no Pernambuco em Dança 2011

Nascedouro Hip-Hop
A segunda noite do Pernambuco em Dança, no Teatro do Nascedouro de Peixinhos, em Olinda, foi marcada pela diversidade da cultura local. Isso porque, no mesmo palco, apresentaram-se grupos com diferentes ritmos que foram do clássico ao Hip-Hop. O Festival tem a coordenação geral de Fred Salim e possui o incentivo do Sistema Municipal de Incentivo à Cultura (SIC) da Prefeitura do Recife. As apresentações do 11º Festival Pernambuco em Dança serão encerradas na noite deste domingo (2).

Segundo o coordenador geral, Fred Salim, o Festival tem como principal objetivo reunir todas as modalidades de dança e congregar grupos profissionais, amadores, escolas e academias de diversos pontos de cultura em um só espetáculo. "Queremos sempre levar o que há de melhor na dança do Estado para o público. Graças ao trabalho da nossa equipe competente e ao apoio dos nossos parceiros, conseguimos todos os anos realizar essa missão com muito êxito."

O público pôde acompanhar um verdadeiro show de dança com as seis apresentações clássicas do Ballet Maysa e as cinco do Stúdio de Danças. Quem também se destacou foi o grupo da Cia de Dança Sinara Kataline, que veio de Caruaru, no Agreste pernambucano, e trouxe inovações na coreografia Chicago. Outros grupos mostraram seus talentos no evento como, por exemplo, a Escola de Dança Grand Jeté, a Cia Árabe Hannah Costa, a Cia de Dança Nós, o Grupo NAP da Dança, o Grupo de Dança Afro Oba-Ebomin, o Balé Multicultural do Recife e o Tap Majê. Mas a noite foi, verdadeiramente, de três companhias: a Cia de Dança Filhos do Sol, da cidade de Iguaraci; o Grupo Matulão de Dança; e o grupo Nascedouro Hip-Hop.

Stúdio de Danças

Ballet Maysa


A Cia de Dança Filhos do Sol, do município de Iguaraci, surgiu a partir da contratação de Rodrigo Faustino pela Prefeitura Municipal de Iguaraci para ministrar aulas de dança. Na primeira reunião com os integrantes, que aconteceu no dia 6 de abril de 2004, foi escolhido o nome da companhia dado pelo professor Rodrigo e o grito de guerra (Se a sua estrela não brilha, não apague a minha). O grito de guerra foi sugerido pelo diretor de cultura da cidade, Roberto Murilo, e assim o grupo inicia seus trabalhos. O Grupo Matulão de Dança surgiu da Quadrilha Junina Raio de Sol da comunidade de Águas Compridas e já participou de diversos festivais, mostrando a cultura pernambucana em outros estados. Este ano, o Matulão recebeu o Diploma e o Troféu Construtores da Dança em Pernambuco.

Cia de Dança Filhos do Sol

Grupo Matulão de Dança


Já o grupo Nascedouro Hip-Hop surgiu há três meses por iniciativa de três moradores da comunidade de Peixinhos são eles: DJ Big (coordenador pedagógico do grupo), Dadado e Marquito. O Teatro do Nascedouro de Peixinhos é o primeiro point de dança de rua da cidade, no qual os participantes praticam a cultura de paz por meio da dança. A coreografia apresentada no Festival foi montada coletivamente e chamada de 'Ant-vírus' (relacionada ao vírus da Aids).

Nascedouro de Peixinhos
"Observamos dois jovens dançando Hip-Hop na comunidade e percebemos a necessidade de buscar algo diferente para valorizar a cultura local. Além disso, queríamos criar um point para discutir questões sociais como a violência, as drogas, o álcool e as doenças sexualmente transmissíveis. Fazemos também um acompanhamento escolar de todos os jovens envolvidos e criamos esse momento para trocar ideia e termos um espaço de vida na localidade", explicou o coordenador pedagógico, DJ Big.

O point, que é gratuito, funciona aos sábados, a partir das 14h, no Teatro do Nascedouro de Peixinhos, e é aberto ao público. "Queremos fortalecer a cultura Hip-Hop, pois o estilo é dividido em quatro modalidades: música, break, grafite e rima. Para isso, iremos criar algumas oficinas aqui", pontuou DJ Big. Os interessados em participar do point Nascedouro Hip-Hop podem ligar para os telefones (81) 8533-8600 ou 9911-7354.

Por Gianfrancesco Mello.

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